Idosos

Há medida que o tempo avança, os cuidados ou tratamentos de saúde e assistência médica vão melhorando. As pessoas duram mais, mas muitas das vezes sentem-se inúteis. As doenças que surgem, que moem mas não matam, azucrinam uma geração que não tem paciência para a vagarosa passagem do tempo, ou mesmo para receber reformas minúsculas.
A vida de um idoso pode resumir-se à medicação, às consultas de rotina no médico de família, à fisioterapia, aos lares, ao fim.
Os idosos podem ser vítimas de violência nos lares ou na sua própria casa. Os idosos não estão a salvo.
Como desejas que seja a tua recta final?

Ana Lídia Almeida
Póvoa de Varzim, 3 de Julho de 2008

Comentários

I. disse…
Heish... confesso, não posso pensar neste assunto, faz-me recear um pouco; mas é tão bom chegar aí; há tantos bons modelos. Nem tudo é mau. Temos de passar por todos os níveis, os mais complicados são os que nos satisfaz mais de cumprir. Sempre será assim.
Anónimo disse…
0h minha cara lídia, não dramatizemos. Quando olho para o meu avô, que já tem os seus 77 ou 78 anos, não vejo nada disso. Está bem rijo. E não me parece que se sinta inútil. Faz de tudo. Trabalha ainda. Ele já foi carpinteiro. Depois subiu de posto para empreiteiro/constructor civil. Conseguiu ganhar à custa de muito trabalho e construir o seu rico "império". Vive bem. Vive das rendas dos apartamentos que aluga, que ainda são alguns. E ainda escreve, sim, apesar do seu grau de escolaridade se resumir à 3ª classe, visto ter nascido numa família muito pobre, numa miséria que agora contada por ele a nós (netos) até faz rir. Sempre gostou de escrever os seus versos, quadras dedicadas a amigos, ou sobre qualquer outro assunto que leia nos jornais, e ainda contar as fantásticas histórias do seu tempo. Já fez alguns livros, alguns vendeu para reverter para instituições de caridade, outros deu aos amigos. Porque é o que gosta de fazer.
Neste momento, ando a tratar da paginação de mais um livro que ele quer fazer. E penso que não será o último. Já se começam a formar ideias para outros que virão.
Bem, acho que este é um óptimo exemplo de saber ser-se velho.
Mas sim, sei que muitos casos há em que terás razão.

Despeço-me com uma grande beijo na Lídia.
olá dricas
obrigada pelo teu comment.
o teu avó faz parte de uma série de priveligiados, tal como o meu. Infelizmente na generalidade assim nao acontece...
a realidade é outra...
senao n ouvias diariamente reformados a queixarem-se... isto não é propriamente um mar de rosas...

bjo*
I. disse…
Humor negro:

Eu não tenho avó...
Mamy disse…
Bem, eu prefiro continuar pequenina para sempre ;)

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